Em meio a uma série de operações a mando do Governo Flávio Dino para fiscalizar e apreender os veículos com multas e IPVA atrasados, uma contradição no mínimo imoral acompanha os próprios veículos que fazem a fiscalização: A Polícia Militar Rodoviária acumula mais de 50 multas em seus veículos o que totaliza mais de R$ 10 mil. Um dos veículos presentes nas operações, possui 15 multas com um débito de R$ 2.029,22 junto ao Detran, outro com um débito de mais de 3 mil reais. O fato pode ser comprovado colocando as informações do veículo no site da instituição.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, não há isenção em favor dos veículos de polícia, os quais, portanto, a despeito de possuírem as prerrogativas legais de livre circulação, estacionamento, parada e prioridade de trânsito, não estão livres de eventuais autuações e pagamentos de multas impostas em decorrência da prática de infrações de trânsito.
A lei é clara ao estabelecer que os carros de Polícia também estão sujeitos às sanções e devem cumpri-las. Somente um veículo do Estado tem um débito de mais de 3 mil reais e por muito menos o próprio Estado apreende o carro do trabalhador chegando até a leiloa-lo. Permitir que tais veículos, circulem livremente cometendo infrações, coloca em risco a vida, a incolumidade física e a segurança dos atores envolvidos no trânsito. Uma evidente contradição, uma afronta à própria finalidade desses veículos.